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CPI da Covid intimará diretor da Prevent Senior para depor na próxima quarta-feira

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Segundo informações obtidas pela Comissão, a operadora de saúde e o governo federal fizeram um acordo, no início da pandemia de covid-19, para testar e disseminar as medicações do “kit covid” A CPI da Covid decidiu intimar o diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Batista Júnior, para depor ao colegiado na próxima quarta-feira. Os senadores esperavam ouvi-lo nesta quinta-feira, mas ele não se apresentou, sob a alegação, segunda nota divulgada por sua defesa, de que não houve tempo hábil para o comparecimento já que ele foi informado sobre o depoimento na quarta-feira.

Segundo informações obtidas pela CPI da Covid, a operadora de saúde e o governo federal fizeram um acordo, no início da pandemia de covid-19, para testar e disseminar as medicações do “kit covid”, como cloroquina, ivermectina e azitromicina.

De acordo com reportagem da GloboNews, exibida hoje, o plano de saúde ocultou mortes de pacientes que participaram de um estudo realizado para testar a eficácia da hidricloroquina, associada à azitromicina, para tratar a covid-19. A pesquisa contou com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a publicar dados dos estudos em suas redes sociais.

Os membros da comissão chegaram a considerar a possibilidade de pedir que o depoente fosse conduzido coercitivamente, mas a ideia não prosperou já que a leitura é que o diretor da operadora de saúde não se recusou a comparecer para depor desde que seja chamado com prazo de 48 horas.

Além de ouvir Batista Júnior na próxima quarta-feira, a cúpula da CPI também avalia ouvir um dos profissionais que denunciou irregularidades.

Ainda que os membros da CPI definam a agenda de depoimentos da próxima semana apenas durante reunião no próximo domingo, os integrantes trabalham com a possibilidade de ouvir Batista Júnior na quarta-feira. Um dia antes, eles querem receber o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário.

Ontem, o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), sugeriu que Rosário seja incluído por prevaricação no relatório final do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL). A posição de Aziz aconteceu depois que o advogado Marconny Faria, suposto lobista da Precisa Medicamentos, afirmou, em depoimento à comissão, que foi alvo de uma operação no Pará, na qual a CGU teria participado. Na operação, as autoridades recolheram material que comprovam a relação do lobista com o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias.

“A CGU esteve na casa do doutor Marconny, juntamente com policiais, levaram farto material, mas não tomaram providência, não tomaram providência com o Roberto Dias. O Roberto Dias continuou lá negociando vacina. O que o Wagner Rosário, que é servidor público de carreira da Controladoria-Geral da União, não fez, prevaricou. E aí eu estou exigindo que o nome dele esteja dentro do relatório por ter prevaricado. A função dele é esta: é fiscalizar, é fazer operação”, disse Aziz.

Atuação da CPI

Renan atribui aos trabalhos da comissão a mudança de postura do governo de Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia. Para o senador, a exposição pública da gestão durante a crise sanitária provocou a “erosão da popularidade” do presidente da República, na avaliação do relator

Na avaliação do senador, a CPI “obrigou [Bolsonaro] a comprar vacina que ele não queria” comprar. “Ou seja, a CPI fez com que eles saíssem desses métodos anticientíficos e criminosos que estavam sendo usados contra o povo brasileiro e passasse a comprar a vacina. Ele resistiu muito porque nunca acreditou na eficácia das vacinas, e ainda não se vacinou”, comentou.

A CPI iniciou os trabalhos em abril deste ano. As tratativas para aquisição das vacinas da Astrazeneca, Pfizer e Coronovac datam do segundo semestre de 2020 - o que, para lideranças da oposição, denota atraso do governo federal na comparação com a atuação de outros países. As doses começaram a ser aplicadas no país em janeiro, com a Coronavac (inicialmente adquiridas pelo governo de São Paulo). Os insumos para a vacina da Astrazeneca começaram a chegar no país em fevereiro de 2021 e as primeiras doses de Pfizer chegaram no fim de abril.

Fonte: Valor Invest

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