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Bolsonaro diz que Mourão "atrapalha um pouco", mas "tem que aturar"

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Ele alegou ainda que a escolha do vice em 2018 "foi muito em cima da hora" O presidente Jair Bolsonaro voltou a manifestar o mal-estar na relação com seu vice, Hamilton Mourão, que já foi excluído das principais reuniões de governo. Hoje, Mourão viajou ao Peru para representar o governo na posse do novo presidente, o esquerdista Pedro Castillo. Na semana passada, Mourão também disse que a aproximação de Bolsonaro com integrantes do Centrão poderia “confundir” seus eleitores.

“A escolha do vice meu foi muito em cima da hora. Assim como a composição da bancada, especial para deputado federal. Muitos parlamentares depois de ganhar as eleições com nosso nome, transformaram-se em verdadeiros inimigos nossos”, afirmou. “O Mourão faz o seu trabalho, tem uma independência muito grande. Por vezes aí atrapalha um pouco a gente, mas o vice é igual cunhado, né. Você casa e tem que aturar o cunhado do teu lado”, disse em entrevista à Rádio Arapuan, da Paraíba.

Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão no Planalto

Valter Campanato/Agência Brasil

Ele afirmou ainda que busca apoio de partidos do Centrão porque, sem o apoio deles, não conseguirá aprovar projetos que importantes para o seu governo, como o reajuste do Bolsa Família.

Bolsonaro defendeu o provável ingresso do senador Ciro Nogueira (PP-PI) em seu governo, como titular da Casa Civil, e ponderou que perderá “quase metade do Parlamento” se afastar de seu convívio parlamentares que respondem a processos na Justiça.

“Nós temos 513 parlamentares, quase metade integra os partidos de centro. Se eu abandonar, não tenho como aprovar nada no Parlamento, principalmente emenda à Constituição”, alegou. “Centrão é o nome pejorativo para muitos partidos de centro que têm sido úteis para a gente aprovar muita coisa. Por exemplo, nós devemos mandar uma PEC para acertarmos a questão do Bolsa Família. Se eu não tiver o apoio dos partidos de centro, o Bolsa Família não tem como ser reajustado agora para novembro ou dezembro, que pretendemos dar um reajuste de aproximadamente 50%”, disse.

O convite de Bolsonaro para Ciro Nogueira assumir a Casa Civil foi tornado público na semana passada. Hoje eles teriam uma reunião para tratar do assunto, que foi reagendada para amanhã.

Questionado sobre seu discurso de campanha, em que condenava acordos políticos e a relação fisiológica com partidos, entre eles os do Centrão, ele alegou que “tem que governar com o que o povo mandou para cá”. O PP, de Ciro Nogueira, teve quadros investigados pela Operação Lava-Jato, incluindo o próprio senador, com apurações ainda em andamento.

“Se eu afastar do meu convívio parlamentares que são réus ou tem inquéritos, eu perco quase a metade do Parlamento”, disse. “Nós só somos culpados depois da sentença transitada em julgado. Se o Ciro Nogueira ou outro ministro for condenado, obviamente se afasta do governo.”

Sem apresentar provas, ele repetiu os questionamentos sobre a segurança das urnas eletrônicas.

Fonte: Valor Invest

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