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Política

"Como a terceira via vai se dividir, não terá força para chegar ao segundo turno", diz Ricardo Barros

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O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) analisou nesta segunda-feira, 21, as manifestações que aconteceram no último sábado, 19, contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O parlamentar, que é líder do governo na Câmara dos Deputados, acredita que as mobilizações continuarão acontecendo até as eleições presidenciais de 2022. “É uma polarização que devem acontecer entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula. As mobilizações se seguirão. Eu acredito que isso vai fazer parte do nosso contexto daqui até as eleições e vai consolidar a polarização, eliminando a possibilidade de qualquer candidato de centro, mais à direita ou mais à esquerda, de ter chance no próximo ano eleitoral”, diz o parlamentar, que afirma que mesmo a esquerda deverá ter dificuldade em se unir em torno de uma única candidatura. “A terceira via no Brasil vai se dividir em várias candidaturas. Não teremos acordo nem na esquerda, porque Ciro Gomes e outros não vão estar com Lula, e nem na direita. O Novo, por exemplo, não estará com Bolsonaro. E no centro, imaginar que PSD, MDB, PSDB e DEM estarão juntos em uma única candidatura não é nada provável. Como a terceira via se divide em várias candidaturas, nenhuma delas terá força para chegar ao segundo turno”, aponta o deputado, que acrescenta que a vantagem de Bolsonaro para 2022 é ter um apoio forte para a sua reeleição.

“As manifestações do presidente Bolsonaro são em apoio a ele, candidato à reeleição. As manifestações contra ele têm vários candidatos que procuram se beneficiar dos atos, porque os partidos e os movimentos que estão nessas mobilizações não estarão unidos para a eleição do ano que vem”, afirma. “Se você fizer a conta, vai perceber que é vantajoso para o presidente Bolsonaro, porque essas aglomerações contrárias, no período eleitoral, estarão divididas em várias candidaturas e as manifestações pró-governo vão ser visivelmente mais efetivas.” Para ele, ao escolher se mobilizar, a esquerda abriu mão da sua principal arma contra o governo Bolsonaro. “As esquerdas preferiram abandonar o discurso sobre a aglomeração e se posicionar politicamente para não ver só o presidente Bolsonaro fazendo mobilizações. Então, elas sacrificam parte do discurso, que era, na verdade, o principal argumento da CPI da Covid-19 ao dizer o presidente estava provocando aglomerações e, agora, partem para a mesma estratégia de mobilização”, avalia.

Em relação ao "superpedido" de impeachment

Ricardo Barros não vê nenhuma fundamentação para os processos de impeachment que foram protocolados contra o presidente Bolsonaro. “Não tem nenhuma fundamentação. Protocolar um pedido de impeachment contra o presidente é livre discricionariedade de quem pretenda. Então o importante não é quantos pedidos têm, mas se algum deles tem elementos consistentes para chegar a um resultado efetivo e nenhum deles tem esses elementos”, afirma. Sobre os trabalhos da Câmara para o segundo semestre, o deputado garante que a Casa irá colocar em votação as reformas administrativa e tributária, que estão sendo adiadas desde 2019. “Esse ano nós votamos aqui a Lei do Câmbio, o Banco Central independente, a PEC Emergencial com gatilhos fiscais importantes, o auxílio emergencial e votaremos a sua prorrogação. Temos aqui todas as matérias de Covid-19 aprovadas, como recursos para as vacinas, facilitação de procedimentos burocráticos e socorro às Santas Casas, ai setor de eventos e ao turismo. Uma série de apoios que o Congresso votou e que o presidente Bolsonaro propôs para mitigar os efeitos econômicos da pandemia e para a saúde diretamente”, argumentou Barros sobre a demora para pautar as reformas. “Na primeira semana de agosto, vamos votar a reforma administrativa na Câmara. A reforma tributária aguarda a vinda do projeto que trata do imposto de renda. O senado Roberto Rocha já relata a PEC 110, vamos votar CBS e, com isso, avançamos também com a reforma tributária”, concluiu o deputado.

Fonte: Jovem Pan

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