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Não é a curva de vacinados que define retirada de máscara, diz Natalia Pasternak

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Microbiologista defendeu que não é o momento de os brasileiros abandonarem o uso de máscara e que essa decisão deve ser tomada com base na diminuição do número de mortes A microbiologista Natalia Pasternak defendeu que não é o momento de os brasileiros abandonarem o uso de máscara e que essa decisão deve ser tomada com base na diminuição do número de mortes – e não com base na quantidade de pessoas vacinadas no país.

“A curva de novos casos e mortes é que deve nos orientar quanto ao momento que a gente pode flexibilizar as medidas, inclusive a retirada do uso de máscara. Não é a curva de vacinados”, defendeu.

A pergunta sobre o momento em que a população poderá deixar de usar máscara foi feita pela senadora Simone Tibet (MDB-MS) e foi a última respondida antes do encerramento da audiência da CPI da Covid nesta sexta-feira.

Na véspera, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um "parecer" para desobrigar o uso de máscaras por quem estiver vacinado contra a covid-19 ou por quem já tiver contraído a doença — possibilidade que contraria o amplo consenso científico.

Ao responder ao questionamento, Pasternak explicou que, apesar de haver boas expectativas, ainda não se sabe o que vai acontecer no Brasil quando 70% da população estiver vacinada.

Para o médico sanitarista e ex-presidente da Anvisa Claudio Maierovitch, que também foi ouvido pela comissão, não deve haver pressa para isso e a medida deve ser uma das últimas a ser tomadas quando se puder flexibilizar as restrições. “Infelizmente, pelo rumo que as medidas tomam, vai demorar um pouco para a gente poder flexibilizar”, disse.

Segundo ele, hoje com quase 2 mil mortes por dia, essa é uma “medida impensável”. “Com 1 mil mortes [por dia], ainda será impensável”, frisou.

Ele também voltou a criticar a fala de Bolsonaro. “A minha impressão é que isso ganhou um caráter simbólico para o presidente e para muitos políticos seguidores, que fazem questão de ostentar o não uso da máscara, como símbolo de quem não dá importância para a pandemia, de quem acha que é apenas uma gripezinha, que não merece ações de controle”, disse.

Natália Pasternak

Pablo Jacob/Agência O Globo

Fonte: Valor Invest

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