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Mourão diz que governo falhou ao não dar diretriz sobre isolamento social

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Vice-presidente criticou “paixonite política” sobre isolamento social, hidroxicloroquina e vacina O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira que o governo falhou ao não ter dado uma diretriz sobre o isolamento social a Estados e municípios. Ele criticou a "paixonite política" em torno da covid-19, envolvendo temas como isolamento social e hidroxicloroquina, além de assegurar que tomaria a "vacina chinesa".

A fala de Mourão, em entrevista ao canal de YouTube do jornalista Paulo Roque, vem de encontro à postura do presidente Jair Bolsonaro, que frequentemente tem dito que o Supremo Tribunal Federal (STF) retirou dele a prerrogativa de tomar decisões sobre a pandemia.

Mourão exaltou as medidas tomadas na área econômica, como o auxílio emergencial e a expansão do crédito às empresas. Mas admitiu que o governo federal poderia ter orientado melhor Estados e municípios sobre uma linha de atuação em aspectos sociais e de saúde.

"Foi uma falha nossa. Nós poderíamos ter feito uma diretriz. Fizemos isso de forma informal, uma disseminação de melhores práticas, mas poderia ter abordado outros aspectos, como tipos de isolamento."

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Romário Cunha/VPR

Mourão criticou também a politização em torno do vírus no Brasil. "Dentro deste mundo que estamos vivendo, do tribalismo excessivo, houve uma paixonite política em cima disso. Desde os aspectos mais simples", disse.

"É isolamento total, é vertical; é hidroxicloroquina, não é hidroxicloroquina; é vacina da China, não é vacina da China. Algo totalmente desproporcional, ineficaz e prejudicial às necessidades que o país tinha de como combater a pandemia."

O vice-presidente asseverou que não teria resistência em tomar a Coronavac, vacina que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o governo de São Paulo, "desde que seja certificada pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]".

Ele disse ainda que se considera leal e coerente na relação com Bolsonaro e não contribui mais com o governo por causa de "intrigas palacianas".

"Muitas vezes há uma certa incompreensão, mas isso eu coloco assim que é fruto das intrigas palacianas que são comuns em todo e qualquer governo", afirmou. "Incompreensão de parte de alguns assessores do presidente, que procuram distorcer fatos e levar uma outra realidade às ações que tenho buscado realizar".

Mourão afirmou ainda que lida da forma "mais calma possível" com o caso e considera que, hoje, Olavo de Carvalho – espécie de guru da extrema-direita brasileira que lhe dirigiu ataques no ano passado – está em um "silêncio obsequioso".

Fonte: Valor Invest

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